quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Exaustão e Veneno


"Exponho o meu modo
Me mostro
Eu canto para quem?"
Esquadros, Adriana Calcanhotto




         

Exaustão e veneno (2011)

Angústia é grito a não querer sair
Suspiro calado esgotando o ar que não há
Além dos muros do rei: aurora em passagem
Anseio a paisagem e a vejo afastar

Um veneno me queima a garganta
É a exaustão a querer consumir
Eu quero fugir mas não sei sair de mim
Sozinho eu morro. Não me impeço, eu só corro.

Eu gritei que o lobo chegou por demais
(Por vezes demais)
Isso não se faz



         De acordo com alguns e-mails, redescubro a data de concepção de Exaustão e Veneno: segunda-feira, dezenove de setembro de dois mil e onze. Como uma série de outras composições desconheço o gatilho motivador. Ela falou "suas músicas são sempre tão tristes", até quando o seriam? Algumas ideias realizaram a transição de um sms outras surgiram de fábulas, se por um lado estava consciente de afirmar um complexo de raposa. Por outro havia a anunciação do garoto-pastor de um fim que nunca chegou. Se um dia se abreviar, quem vai ouvir?
        

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