sábado, 14 de abril de 2018

A Idade da Alma

"Os objetivos que perseguimos são sempre velados. Uma garota que anseia pelo casamento anseia por algo do qual nada sabe. O garoto que intensamente deseja a fama não tem ideia do que ela seja. Aquilo que dá a cada um de nossos movimentos seu significado é sempre totalmente desconhecida para nós." - Milan Kundera, A Insustentável Leveza do Ser.


Funerais e Sepultura e o Modo de Chorar os seus Defuntos
 Jean de Léry

A Idade da Alma (2013)

Mas era outono:
Palavras em gravidade
Amargas horas sôfregas de Ser
Na chuva, sem nome
Sobrevoo a cidade
Uma sucessão de silêncios azuis
Tuas velas, tão serenas
Adornavam nuvens de Razão

A Idade da Alma desafia Cronos
Sem lastros transmuta a seu bel prazer
E o que é preciso é aceitar
O que é preciso?

Mas já me enganara:
Estranho na própria rota
Desenho sons em gotas de sabão
Nas trevas, sementes
Florescem minha tragédia
Indigno do tento almejar
Tantas pressas ladeavam!
Claro o pensar mas turva a ação;

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